Visualizações do Blog

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sonda Nasoenteral

Sonda Nasoenteral







1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos
5. Colocar o paciente em posição de Fowler alta – 45º, caso isso não seja possível, posicioná-lo em decúbito dorsal com a cabeça lateralizada para evitar possível aspiração;
6. Inspecionar as narinas quanto à presença de obstrução e fratura, com o objetivo de determinar qual é a mais adequada.
7. Limpar a cavidade nasal e remover a oleosidade da pele, tanto do nariz quanto da testa, usando álcool à 70%;
8. Calçar as luvas de procedimento;
9. Verificar se a sonda está íntegra;
10. Verificar o comprimento da sonda que será introduzida, sem tocar no paciente. Medir a distância da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e, do lóbulo da orelha até o apêndice xifóide. Acrescentar 25 cm a esta medida para um bom posicionamento no intestino. Marcar essa distância na sonda utilizando fita adesiva ou observar a marcação. Algumas sondas vêm demarcadas com pontos pretos, enquanto outras apresentam numerações.
11. Colocar a cuba rim sobre o tórax do paciente para o caso de possível regurgitação;
12. Pulverizar com xylocaína spray a cavidade oral do paciente;
13. Enrolar a sonda na mão dominante deixando livre aproximadamente 10 cm da extremidade;
14. Pedir auxílio para colocar a xylocaína gel no dorso da mão não dominante;
15. Lubrificar os 10 cm da extremidade da sonda, utilizando a xylocaína gel que foi colocada no dorso da outra mão;
16. Introduzir a sonda no interior da narina selecionada e avançar delicadamente ao longo do assoalho do nariz. Quando a sonda passar pela orofaringe, fazer uma pausa para diminuir a possibilidade de vômito. Examinar a orofaringe para certificar-se de que a sonda não se encontra enrolada. A partir deste momento, observar se há presença de sinais que possam indicar que a sonda foi introduzida nas vias aéreas, como cianose, dispnéia ou tosse. Pedir ao paciente que flexione levemente a cabeça para frente. Continuar delicadamente a introdução da sonda, solicitando ao paciente que realize movimentos de deglutição, até a sonda atingir a faringe.
17. Avançar a sonda delicadamente até a marca pré-determinada;
18. Fixar a sonda ao nariz e à testa utilizando fita adesiva, com o cuidado de não tracionar a narina.
19. Conectar a seringa de 20 mL na ponta da sonda. Posicionar o diafragma do estetoscópio na região epigástrica e introduzir, de forma rápida, 20 mL de ar, para auscultar o som da entrada do ar no estômago;
20. Utilizar a seringa de 20 mL para aspirar parte do suco gástrico, com o objetivo de certificar-se do posicionamento correto da sonda;
21. Limpar as narinas do paciente, removendo o excesso de xylocaína;
22. Encaminhar o paciente para realizar raio X tóraco-abdominal, para visualizar o posicionamento correto da sonda;
23. Após a comfirmação do correto posicionamento da sonda, remover o fio guia;
24. Posicionar o paciente confortavelmente;
25. Deixar a unidade em ordem;
26. Registrar o procedimento;



Cuidados:


Orientação e Cuidados Gerais

As orientações dispensadas aos pacientes, familiares e cuidadores, relacionam-se aos cuidados com:
Manuseio da sonda – cuidados com retrações, pois pode ser deslocada do posicionamento correto. Exemplo: durante o sono, banho, mudança de decúbito ou pelo próprio paciente.
Limpeza/Higiene/Fixação – Após banho seca-la e trocar a fixação (Nasogástrica, Nasoentérica) da face, devendo estar sempre limpa e seca, evitando o desconforto para o paciente, odores desagradáveis, higienizar as narinas do paciente e tomar cuidado para não tracionar a asa nasal ao fixar a sonda, causando lesões. As vezes se faz necessário restringir as mãos do paciente com luvas sem os dedos, para impedi-lo de retirar a sonda, como pode ocorrer com doentes com demências, agitação motora, quadros de confusão mental, etc.
Administração de dieta, infusões de líquidos e medicamentos – posicionar o paciente sentado e ou, sendo acamado, manter cabeceira elevada por no mínimo 30 graus, (diminuindo riscos de aspirações de dieta, refluxos gástricos), e não deitar o paciente logo após ingesta alimentar e hídrica, lavar a sonda com água filtrada após administração de dietas (1 -2 seringas de 20 ml), medicamentos, mantendo sua permeabilidade, evitando obstruções por resíduos alimentares. Havendo obstruções, pode se realizar manobras para desobstrução, infiltrando água morna (ideal com seringa de 50 ml).
Observação e detecção de anormalidades – obstrução, vazamentos, quebras dos conectores das extremidades proximais, Se (gastrostomia,) proteger a pele se houver contato com conteúdo gástrico, para evitar formação de lesões, inflamações, infecções.
Tempo de troca – determinado pelo protocolo do serviço de acompanhamento do paciente.

Complicações com o uso da sonda

1. Infusões rápidas – levam a quadros de distensão abdominal, diarréias, vômitos.
2. Refluxos gástricos e pneumonias aspirativas – podem ser observadas pelos familiares na presença de agitação, tosse, dispnéia, cianose de face. (idosos acamados, seqüelados, afásicos, com reflexos diminuídos).
3. quadros de constipação intestinal, flatulências – necessitando readequação nutricional, sendo de grande importância aos familiares e cuidadores, observarem a presença de eliminações fisiológicas(volume, quantidade, aspecto, consistência, etc.).
Vale reforçar, que, o paciente no domicilio, deve ser acompanhado sempre por uma equipe multiprofissional e multidisciplinar, cabendo a nutricionista, definir a terapia nutricional mais indicada, também avaliando e acompanhando os resultados e adequando as alterações necessárias a cada paciente, levando em conta seu histórico alimentar, histórico de doenças, tipos de sonda, etc, orientando também , familiares e cuidadores.

Cuidados com pacientes que fazem uso de sonda nasoenteral:

1. Certificar a posição gástrica através da ausculta com estetoscópio em região epigástrica, injetando 20 ml de ar, aspirar conteúdo gástrico e realizar RX torácico/abdominal,
2. Deixar o paciente em posição lateral direita para progressão da sonda para região pilórica;
3. Manter a cabeceira do leito elevada a 30 graus para diminuir o risco de bronco aspiração;
4. Administração da dieta pode ser contínua ou intermitente;
5. Controlar, quando possível em bomba de infusão para melhor manutenção;
6. Observar intolerância (náuseas, vômitos e diarréia) a alguns componentes da dieta, neste caso deve-se alterar sua composição, principalmente quando idosos;
7. Deve-se aspirar o conteúdo gástrico através sonda, toda vez que for instalar nova dieta, para avaliar a presença de resíduos gástricos Caso exista um volume gástrico aspirado maior que 200 ml suspender a próxima dieta;
8. Controlar sinais vitais, diurese, distensão abdominal, glicemia capilar, edemas, turgor da pele, dispnéia;
9. Ficar atento na fixação da sonda, alternando o local para não lesar a pele das narinas;
10. Cuidados no preparo e manuseio das sondas e dietas, de forma estéril, mantendo as dietas em refrigerador exclusivo, podendo ficar até 04hs em temperatura ambiente e 24hs na geladeira;

Fontes:

http://www.pdamed.com.br/proenf/pdamed_0002_0009_00200.php

http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/09/27/cuidados-com-sondas-em-idosos-na-assistencia-domicilar/

http://enfermagempacientecritico.blogspot.com/2010/06/sondagem-nasoenteral.html

http://www.cirurgicasaopaulo.com.br/product_info.php?products_id=195&osCsid=klgipsltgssu25h1s7d8bfgkq4

http://www.westmariana.com/gastrostomia.htm