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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dengue Uberaba em Alerta






Descrição da doença

Doença febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como
se apresente: infecção inaparente, dengue clássico (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) ou
síndrome do choque da dengue (SCD). Atualmente, é a mais importante arbovirose que afeta o ser
humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e dissemina-se
especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento
e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor.


Sinonímia
Febre de quebra ossos.



Agente etiológico

É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos
quatro sorotipos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4.



Reservatório

A fonte da infecção e reservatório vertebrado é o ser humano. Foi descrito, na Ásia e na África, um ciclo selvagem envolvendo macacos. 



Vetores

São mosquitos do gênero Aedes. A espécie Ae. aegypti é a mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissora da febre amarela urbana. O Aedes albopictus, já presente nas Américas, com ampla dispersão em todas as regiões do Brasil, é o vetor de manutenção da dengue na Ásia, mas, até o momento, não foi associado à transmissão da dengue nas Américas.

A dengue é uma das mais importantes arboviroses que atinge principalmente os países de clima tropical. A Organização Mundial de Saúde estima que três bilhões de pessoas vivem em áreas de risco para contrair dengue no mundo. Estima-se que anualmente 50 milhões de pessoas se infectam, com 500 mil casos de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e 21 mil óbitos, principalmente em crianças.

1. O que é?

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Isso vai depender de diversos fatores, entre eles: o vírus e a cepa envolvidos, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).

Qual o microrganismo envolvido?
É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos:1, 2, 3 e 4.

2. Quais os sintomas
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.

3. Como se transmite?
A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão pelo contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.

4. Como tratar?
Deve-se ingerir muito líquido como: água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol.

5. Como se prevenir?
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Saúde-MG: Com 3 mortes, Uberaba registra explosão de casos de dengue


Por Daniela Brito e Juliana Coissi

UBERABA, MG, 14 de fevereiro (Folhapress) - Com três mortes causadas pela dengue neste ano e aumento de quase 5.500% nos casos confirmados da doença, Uberaba (471 km de Belo Horizonte) criou um espaço específico para atender pacientes com essa enfermidade.

A cidade do Triângulo Mineiro registrou na semana passada a terceira morte ocasionada pela doença - a vítima foi um homem de 72 anos que morreu na sexta-feira passada. A Secretaria da Saúde investiga se o paciente tinha a forma hemorrágica da doença.

Entre as outras duas mortes, uma delas foi ocasionada por dengue com complicações, segundo confirmou hoje a secretaria.

De acordo com a assessoria da pasta, Uberaba já teve 3.689 notificações de dengue neste ano, sendo que 2.000 registros foram confirmados. No mesmo período do ano passado, a cidade registrou 225 notificações e 36 casos confirmados por exames laboratoriais.

Devido ao elevado número de notificações da doença, a Prefeitura de Uberaba precisou criar um espaço destinado apenas para ao atendimento de pacientes com a doença.

O CED (Centro Especializado de Dengue), que foi implantado no final do mês passado, já realizou 816 atendimentos em menos de um mês - média de 180 pacientes por dia.

Nesse período, foram transferidos sete pacientes em estado grave para os hospitais da cidade - três ainda permanecem internados.

Em todo o Estado de Minas Gerais, foram registrados 29.517 casos de dengue neste ano.

Uberaba é uma das quatro piores cidades mineiras em casos da doença. Está atrás de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo.

Por meio de sua assessoria, o secretário da Saúde de Uberaba, Fahim Sawan, lembrou que o maior pico de manifestação da dengue ocorre entre março e abril. Por isso, o município mantém as ações de combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

No país

O número de suspeitas de dengue neste início de ano no Brasil é maior do que o mesmo período de 2012, segundo o Ministério da Saúde.

Consideradas as três primeiras semanas - último dado disponível -, foram 49.992 notificações de dengue, ante 34.479 em janeiro do ano passado.

Segundo o ministério, não há uma avaliação específica sobre o aumento de suspeitas da doença, mas a pasta diz que a oscilação é esperada para este período de verão.

Já os números de mortes por dengue, porém, tiveram queda neste início de ano. Foram sete vítimas fatais, exatamente a metade do registrado em janeiro de 2012.

Também casos graves de dengue, que são a forma hemorrágica da doença ou quando o paciente ficou hospitalizado por outras complicações, apresentaram redução - 89 registros em janeiro, ante 231 no mesmo mês do ano passado.

Fontes:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1525

http://www.jornalacidade.com.br/editorias/brasil-e-mundo/2013/02/14/saude-mg-com-3-mortes-uberaba-registra-explosao-de-casos-de-dengue.html